
Há muito, muito tempo, num país distante, os reis tiveram uma lindíssima filha que os encheu de felicidade.
- Daremos uma festa, disse o rei, e convidaremos as fadas para serem as madrinhas.
No dia da festa, as fadas aproximaram-se do berço da princesa e cada uma delas ofereceu-lhe um dom. Eu concedo-te o dom da virtude – disse uma fada. Eu concedo-te o dom da inteligência – disse outra. E eu o dom da beleza – disse uma terceira.
E assim fizeram todas as outras.
Já só faltava uma fada para entregar o seu presente quando se ouviu um grande trovão e uma horrível bruxa entrou no salão do palácio como um vendaval.
- Antes de fazeres quinze anos, vais picar-te com um fuso e morrerás!, disse a bruxa à menina. É este o meu presente! E assim pagarão o desprezo com que me trataram por não me terem convidado para a festa! E depois desta assombrosa maldição, saiu do palácio deixando todos aterrorizados.

A rainha desmaiou. O rei chorava. Por sorte, uma fada ainda não tinha concedido o seu dom e disse:
- Um momento, ainda falta o meu presente.
Eu não tenho poder para desfazer a maldição – continuou a fada, mas posso oferecer à princesa o dom do sono profundo. Assim, quando ela se picar com o fuso não morrerá, ficará apenas a dormir. E neste estado irá permanecer até que um príncipe valente a despertar com um beijo!
Apesar disso, o rei mandou queimar todos os fusos do reino, e ordenou, sob pena de morte, que ninguém usasse o fuso para fiar.
O tempo passou e chegou o dia da princesa fazer quinze anos.
No palácio ia fazer-se uma festa e havia tanta agitação que ninguém deu conta de uma velha que se aproximava da jovem.
- Oh, querida princesa! – disse a velha. Aceita este ramo de rosas que esta pobre mulher te oferece!
A princesa aceitou o presente. Mas ao pegar no ramo picou o dedo num fuso que estava escondido entre as flores e caiu desmaiada no chão.
A bruxa retirou então o seu disfarce de velha e depois de lançar um grito de vitória, saiu a voar. A maldição tinha sido cumprida!
Ao saber da notícia, ficaram todos tão tristes que as fadas decidiram colocar todo o reino num sono profundo como o da princesa. E assim ficariam até que a maldição acabasse!
Um grande bosque de espinhos cresceu à volta o palácio e era tão denso que enchia de feridas quem tentasse atravessá-lo.
Passaram-se mais de cem anos e as pessoas foram-se esquecendo da sua existência.
Um dia, um príncipe perguntou a um aldeão que palácio era aquele que se via no meio do bosque. Então, o homem contou-lhe que segundo uma lenda, havia ali uma princesa encantada.
Ao chegar ao palácio encontrou uma multidão de pessoas e animais adormecidos. E depois de cruzar pátios e salões chegou ao quarto da Bela Adormecida. Ele não sabia nada da maldição…
… nem do beijo que a despertaria. Mas aproximou-se de tal forma pela jovem que, sem conseguir evitar, beijou-a.
Assim se quebrou o feitiço e tudo voltou à vida.
A primeira a acordar foi a princesa que ao ver aquele belo rapaz junto dela disse:
- Quanto tempo esperei por ti, meu príncipe.
Com estas palavras a jovem tinha dito tudo. A partir desse momento era altura de serem muito felizes.
Olá Hélia,
ResponderEliminarnão pares de alimentar o teu blogue, pois ele é muito fofinho e assim poderei sempre vir aqui recordar histórias para a minha filhota.
Vou colocar nos meus favoritos. ;D