
Era uma vez uma princesa muito formosa. Mas a sua madrasta, a rainha, invejando a sua beleza, obrigava-a a vestir e a trabalhar como se de uma criada se tratasse.
- Diz-me, espelho mágico, quem é a mais bela do reino? – perguntava a malvada rainha todos os dias.
- Apesar de tudo – dizia o espelho – a tua enteada, Branca de Neve, é a mais formosa.
Cansada de ouvir esta resposta, a madrasta cruel ordenou a um caçador que levasse Branca de Neve até ao bosque e que aí a matasse.
- Toma este cofre – disse-lhe – e traz-me aqui dentro o coração da princesa.
Mas o caçador teve pena dela e deixou escapar a Branca de Neve.
Depois de caminhar muito pelo bosque, a jovem encontrou uma estranha casinha.
Dentro da casa não havia nada.
E, como estava um pouco suja e descuidada, Branca de Neve pôs-se a limpá-la. Num instante, ficou com tanto sono que adormeceu.
Afinal, os donos da casa eram sete anões.

E eles gostaram tanto da Branca de Neve e fizeram-se tão seus amigos, que lhe pediram que ficasse a viver com eles.
E foi assim que durante algum tempo a jovem foi muito feliz na casa do bosque.
Mas um dia a rainha voltou a fazer a pergunta ao espelho. E ao ver reflectido o rosto da Branca de Neve, ficou muito furiosa.
- Aquele caçador trouxe-me um coração falso!
Agora vou eu mesma tratar da Branca de Neve! – exclamou. E transformou-se numa velha.
Entretanto, sem saber o perigo que corria Branca de Neve despedia-se, como todas as manhãs, dos seus amigos.
- Eu vou, eu vou, trabalhar agora eu vou – cantavam os anões. E a jovem desejava-lhes um bom dia a cada um.
Pouco depois, a madrasta tocou à porta da casinha e ofereceu à jovem uma bela maçã.
Sem saber que estava envenenada, a Branca de Neve deu uma dentada na fruta, e nesse momento caiu como morta no chão.
Ao regressar do trabalho, os anões ficaram aterrorizados.
- Que vamos fazer agora? – perguntavam-se.
Por fim, depois de muito chorar, decidiram construir uma urna de cristal e lá colocaram a Branca de Neve.
Felizmente, passou por ali um jovem príncipe, e ao ver a jovem ali deitada, apaixonou-se por ela.
- Por favor, não enterreis essa urna! – suplicou o príncipe. – Deixem-me levá-la para o meu palácio! Mas, ao mover a urna, o pedaço de maçã saltou da garganta de Branca de Neve e a jovem voltou à vida.
A alegria reinou a partir desse momento.
Mudaram-se todos para o palácio do príncipe.
E ali se casaram os jovens e viveram felizes para sempre.
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